A 22a. Bienal do Livro começa agora, 09 de agosto e vai até o dia 19.
Será possível conhecer de perto o autor Ilan Brenman, autor de mais de 50 livros infantis e juvenis. Seu trabalho foi premiado várias vezes com o selo "Altamente Recomendável" da Fundação Nacional do Livro Infantojuvenil. Ele estará no stand do Ministério da Educação (MEC) no dia 10, sexta feira, falando sobre a obra "Telefone Sem Fio".
Para Brenman um texto infantil precisa respeitar a inteligência e perspicácia da criança. Se engana quem pensa que esse leitor precisa de palavras fáceis para entender. Segundo ele as ilustrações são extremamente importantes na obra infantil. "A criança desenvolve um olhar apurado para a arte e as coisas benfeitas."
Um de seus livros mais premiado é "O Alvo", que tem um "furo" no meio, elemento que está em sintonia com a história.
Brenman não é fã de livros digitais para crianças pequenas, ele acredita que se pareça mais com um filme do que com um livro.
"A literatura de qualidade é libertadora para a criança, tira-a do espaço onde está, confortável, e coloca-a em outro, onde ela pode pensar sobre milhões de assuntos, recriar a história. A literatura infantil deveria libertar-nos de todas as amarras do dia a dia, nos deslocar para outro mundo, onde a liberdade e a imaginação são plenas. É um alimento da vida humana. A gente não consegue viver sem ficção e a criança também não."
Brenman tem mestrado, doutorado, continua estudando e pesquisando e odeia quando se referem a ele dizendo "Ah, você escreve livrinhos".
Segundo Brenman "um livro infantil de 32 páginas pode emocionar mais do que um romance de 300, qualidade literária não tem a ver com o número de páginas."
Fonte: jornal "O Estado de São Paulo"
Imagem: divulgação.
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